Renato Lopes

Hoje é 4 de maio de 2024. Santa Maria, RS / Itajaí, SC
 
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Viagens e Aventuras


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Desafio do Nascente  FC - 2023

Desafio do Nascente FC - 2023

Olá caros amigos leitores,

Bem, chegou o momento de “bater o martelo” para a realização de um novo desafio dos Fazedores de Chuva. E dessa vez foi o Nascente FC, que percorre os 70 municípios banhados pelo Rio Tietê, o rio que corta de oeste para o leste o Estado de São Paulo, e vai desaguar no Rio Paraná.
E tudo começou quando eu estive em Atibaia, SP, para o evento anual do Grupo V Strom, que ficou “batizado” de AtibaiaStrom, nos dias 3 e 4 de setembro de 2022.
Cabe registrar que havia dois anos que o evento não se realizava em razão da “fraudemia”, e todos estavam muito ansiosos para voltar a se abraçar, trocar informações e contar histórias. Eu igualmente estava com saudade de rever essa família que teve início no ano de 2004, por iniciativa do nosso querido amigo e grande motociclista, Marcelo Resende, de Belo Horizonte, MG.
O reencontro foi fantástico, muitos abraços, beijos e conversa da boa, entre amigos e irmãos.
Iniciando o meu retorno para casa, acabei pernoitando em Itú, na casa do Brother James e Adriana, onde passamos um domingo muito especial, e acabou suprindo a suas ausências no AtibaiaStrom.
No dia 05, ao deixar o condomínio para pegar a estrada, cruzei por uma ponte sobre o Rio Tietê. Imediatamente lembrei do Nascente FC e parei com a moto sobre a ponte. Registrei algumas fotos para eventual decisão futura, de realizar o desafio. Em outra viagem, quando fui a Brasília, já havia fotografado a Prefeitura de Itú, com vistas ao Lendário FC – 1ª Conta.
Nessa rápida parada sobre a ponte, pesquisei no Google Maps qual outra cidade seria a mais próxima, onde o Rio Tietê cortava ou tocava o munícipio. Observei que era Salto e não hesitei em apontar o azimute para Salto. Assim, acabei registrando duas prefeituras de cidades e as margens do rio.
Esses registros fotográficos ficaram no arquivo, e serviram para dar o start no desafio do Nascente FC, que não tinha data para conclusão, mas tardaria, pois já iniciara em meus pensamentos o exercício de verificar uma agenda, para conhecer as belezas do Rio Tietê e suas cidades ao longo do seu curso.
Muito provável, praticamente certo que o Brother e FC Rui Dipp, de Soledade, RS, irá me fazer companhia nesse desafio. Agora é contagem regressiva.
E de fato não tardou para a retomada definitiva em completar o registro das demais cidades banhadas pelo majestoso Rio Tietê. Sim, majestoso, como veremos a seguir.
Ainda no final do ano de 2022, quando eu planificava o roteiro do desafio, comentei com o Brother Rui Dipp, de Soledade, RS, sobre minha intenção de em breve realizar o desafio. Ele de pronto se interessou, e combinamos de partir para o Estado de São Paulo dia 17 de fevereiro de 2023.
E assim, após um rápido café da manhã em nosso apartamento em Itajaí, SC, pegamos a estrada com destino a Peruíbe, onde já havíamos feito a reserva no Praia Hotel Xapuri, pois era período de carnaval.
Já conhecíamos a cidade, que possuí boa infraestrutura, e foi possível descansar depois dos 540 km rodados com nossas motos XRE 300.
No dia seguinte, 18 de fevereiro nosso destino para pernoite foi Mogi das Cruzes, onde já havíamos realizado reserva no Hotel Binder Quality Inn, pela mesma razão, o carnaval.
Logo que partimos do hotel, a chuva começou de mansinho e foi necessário um pit stop para colocar as roupas de chuva. O tráfego na BR 101 estava razoável até chegarmos na região de Cubatão, onde simplesmente o tráfego estava parado, face o grande deslocamento dos paulistanos para o litoral.
Passamos por Bertioga por volta das 10h30min, e subimos a Serra pela SP 098, que estava com um fluxo de tráfego no sentido contrário, impressionante. Contava com duas pistas para descida, toda demarcada por cones de sinalização, contra uma pista para subir. Em razão dessa medida a subida foi demorada, pois os caminhões e ônibus, muito lentos, também faziam formar longos trechos com veículos “virando a roda”. Essa estrada da Serra entre Bertioga e Mogi das Cruzes é muito bonita, mas ficamos impossibilitado de conhecer melhor, pois não havia condições de parada, face o volume de tráfego.
Chegamos no topo da Serra em Mogi das Cruzes e paramos em um restaurante especializado em pamonha. Aí não teve jeito, tive de pedir uma.
Por volta das 11h50min estávamos fazendo o primeiro registro do Rio Tietê no Município de Mogi das Cruzes, depois seguindo para a Prefeitura. Como planejado, seguimos para Salesópolis para iniciar a fotografar o desafio do Nascente FC a partir do nascedouro do Rio Tietê, mas na passada por Biritiba Mirim, aproveitamos para fazer os devidos registros.
Na entrada da cidade de Salesópolis, já iniciamos os registros e seguimos para a Prefeitura. Realizamos um rápido tour pela cidade e abastecemos as motos antes de seguir para o Parque Nascente do Rio Tietê. Ficamos com uma ótima impressão da cidade, apesar da curta estadia.
Chegando no parque às 14h10min, os guardas se preparavam para fechar em razão do tempo que se armava para chuva, com muitas trovoadas e indicação de queda de raios. Segundo eles, o parque é uma região que o fenômeno de quedas de raios tem uma incidência muito grande, por isso essa precaução com a segurança.
Foi necessária muita argumentação para descermos rapidamente até a fonte e fazer os registros, acompanhado pelo guarda, que sim, foi muito gentil e atencioso, mas nos foi permitido apenas descer até a nascente. O local é bem bacana, conta com um acervo de fotos e registros históricos, mas passamos rapidamente para fotografar, pois não foi possível ver detalhadamente.
Nos equipamos rapidamente e seguimos para retornar, pois a estrada de acesso ao parque, depois que sai da SP 088, estava bem deteriorada e com chuva por certo dificultaria ainda mais nosso deslocamento.
Aproveitamos ainda, e fomos fazer os registros nos Municípios de Suzano, Poá e Itaquaquecetuba, antes de retornarmos a Mogi das Cruzes para o pernoite, onde chegamos na boca da noite. Nesse meio de tarde para o final, a chuva já se manifestava sem agressividade, mas o que nos trouxe algum embaraço, foi a parada para a foto na ponte sobre o rio em Itaquaquecetuba, face ao intenso tráfego de veículos.
Logo que nos acomodamos no hotel a chuva começa a ficar mais intensa, e assim continuou por toda a noite, até a manhã de domingo. Inclusive nos fez retardarmos a saída pela manhã, que só ocorreu às 9h, após a chuva diminuir um pouco a intensidade.
No café da manhã, tomamos conhecimento pelo noticiário da tragédia no litoral paulista, região por onde havíamos passado no dia anterior com chuva mansa. Obviamente que ficamos consternados e sem saber o que iriamos enfrentar pela frente, pois as notícias eram de mais chuvas para o Estado de SP, mas decidimos continuar no desafio.
Seguimos para Guarulhos onde chegamos, sempre com chuva de baixa intensidade, por volta das 9h50min. Depois foi a vez de entrarmos no centro de São Paulo, para que o Dipp fizesse o devido registro na prefeitura, pois eu já havia feito essa foto quando realizei o desafio Bandeirante FC.
Como era domingo, e com a chuva, o trânsito estava bem tranquilo, e por certo os riscos com a segurança estavam diminuídos. Tanto Guarulhos como São Paulo, e demais cidades da região metropolitana, é relativamente rápido para a foto na margem do rio, que via de regra é feita nas pontes ou abaixo delas, quando se tem acesso facilitado.
Depois foi a vez de Osasco e Barueri, onde abastecemos e fizemos um pequeno lanche na loja de conveniência do posto de serviço. As notícias seguiam dando conta que o número de mortos e desaparecidos aumentavam por conta das intensas chuvas no litoral.
A cidade de Barueri nos agradou muito e nos pareceu bem evoluída, organizada e de ótima infraestrutura, apesar dos seus mais de 250 mil habitantes.
Naquela tarde tivemos tempo de registrar as cidades de Carapicuíba, Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Araçariguama, Itu, Cabreúva e Salto. A chuva diminuiu a tarde, permanecendo apenas uma garoa fraca, e o único embaraço daquele domingo chuvoso e triste, especialmente para os paulistanos, foi não conseguirmos chegar em frente à Prefeitura de Pirapora do Bom Jesus, pois tinham levantado uma grande estrutura coberta, com arquibancadas e palco em função do carnaval da cidade.
Todo o entorno da prefeitura estava bloqueado para o trânsito, e o acesso só era permitido a pé. Após conversarmos com os seguranças, solicitando para entrarmos e fazer uma rápida foto na prefeitura, nos foi negado. Pedi para falar com o coordenador do evento e logo aparece uma outra pessoa, onde detalhei o motivo da nossa solicitação, ele entendeu e foi consultar um Sargento da PM que coordenava uma grande equipe de policiais. Quando retornou, nos deu a boa notícia, poderíamos adentrar até antes da estrutura coberta, onde havia muitos blocos e bandas, mas que teríamos que adentrar um a um, e empurrando a moto com motor desligado.
E assim conseguimos chegar perto do prédio da prefeitura e fazer o registro um pouco de longe, mas possível de identificar. A cidade nos pareceu bem típica do interior paulista, mas muito aconchegante, já com o Rio Tietê ostentando um grande volume de água cruzando a cidade, que encanta e seduz os visitantes.
Em Salto, onde chegamos já no início da noite, após o registro na prefeitura, fomos nos hospedar no Alji Hotel, localizado em uma rua paralela a rodovia SP 079.
Em razão das fortes chuvas que caiu no Estado de SP, decidimos alterar um pouco o roteiro inicial, deslocando Elias Fausto para o final do dia, na esperança que parando a chuva, o solo poderia estar mais seco.
Na manhã do dia 20 partimos logo após as 7h, para realizarmos o registro da margem do rio do Município de Salto, na Rodovia do Açúcar, SP 075, que havíamos deixado de fazer no dia anterior, pois chegamos a noite na cidade. Com a alteração do roteiro, seguimos para o registro de Porto Feliz, Tietê e Jumirim. Neste último, estávamos com uma certa dificuldade para encontrar a entrada da fazenda, que normalmente viabiliza o acesso de motociclistas para foto mais próximo ao rio.
Depois de fazer o registro na prefeitura, bem perto, havia uma loja de material de construção, NR, e entrei para tentar comprar um colete de sinalização. Por coincidência, o proprietário me informa que acabara de vender os últimos três para uma empresa de telefonia, que estava fazendo um serviço na cidade.
Após aquelas perguntas e curiosidades de costume das pessoas que nos encontram na estrada, perguntei a ele onde poderíamos fazer uma boa foto a margem do Rio Tietê no município. Foram chegando alguns clientes amigos dele, nos apresentou e o papo se alongou, com várias dicas e possibilidades de fazendas com bom acesso.
Mas sempre um lembrava que a porteira poderia estar com cadeado e não ter ninguém por lá, além do estado das estradas (trilhas) no interior das fazendas. Um funcionário lembrou de uma fazenda bem perto, uns 3 km da cidade e o proprietário da loja NR escalou esse funcionário para nos levar até a entrada da fazenda, com a camioneta de entrega da empresa.
Todos foram muito solícitos e atenciosos, e além de demonstrarem interesse em nosso desafio, ficaram embevecidos com o projeto e de onde éramos, em razão da distância.
E assim chegamos a uma fazenda, que tem o acesso à Rua Célio Roberto Faulim, bem em frente a Industria Cerâmica Faulim, do outro lado da pista da SP 300. Segue-se até o final e como a porteira estava aberta e ninguém apareceu, mesmo com muitos cachorros na volta das casas, fomos adentrando e seguindo uma pequena estradinha, que logo se tornou em um caminho de fazenda. Conseguimos chegar até a cerca que dá acesso a outra propriedade, mas com boa visão do Rio Tietê.
Não perdemos tempo em fazer o registro e no retorno, até usei a câmara GoPro para registrar o tipo de caminho. Foi a primeira experiência mais trabalhosa para se chegar a margem do rio. Saímos sem ninguém nos importunar, e bem que passamos muito próximo das casas.
A chegada a Laranjal Paulista foi rápida e em menos de 30min já estávamos fazendo o registo na prefeitura. Seguimos pela SP 113, uma estrada vicinal em direção a localidade de Miguel Jorge, passando pelo Rio Tietê, na divisa com o Município de Tietê, seguindo para Saltinho. Feito o registro da margem na ponte, verificamos que havia uma estrada de terra pelo lado Norte do rio, até o Distrito de Laras. Seguimos esse caminho de 14 km aproximadamente, e chegamos novamente as margens do Rio Tietê em Laras, onde novamente fotografamos o rio.
Seguimos para Piracicaba, mas ao chegarmos no entroncamento com uma via vicinal que liga Conchas a Piracicaba, localidade de Jiboia, resolvemos seguir a esquerda em direção a Conchas e fazer o registro do rio sobre a ponte na divisa dos dois municípios. O último trecho entre a localidade de Anhumas até a ponte da divisa, é de terra, com aproximadamente 8 km, com alguns trechos arenoso, mas que se passa bem. No dia estava bem úmido devido as chuvas e facilitou nossa tocada.
Aproveitamos e registramos as margens do rio para os municípios de Conchas e Piracicaba. Retornamos pela mesma via até Piracicaba onde efetuamos o registro da prefeitura, quando o tempo já se mostrava fechado, com ventos fortes. Rapidamente conseguimos chegar até um posto para abastecer, hidratar e comer um pequeno lanche.
Começou um chuvisco fraco, colocamos as roupas de chuva e rumamos para tentar fazer o registro de Elias Fausto, onde chegamos na prefeitura às 16h18min. O tempo continuou carregado com nuvens que indicavam chuva, e decidimos não perder muito tempo para voltar a estrada.
Voltamos para a SP 308, Rodovia do Açúcar até a entrada para a Empresa Circuito Panamericano da Pirelli, onde chegamos e tentamos com os vigias, o acesso para chegar até o rio. Não nos permitiram em razão das ordens existentes da empresa, e das câmaras de controle.
Paramos dois motoristas com veículos que trafegavam em sentindo contrário para solicitar informações. Nos passaram que teríamos que seguir uns 25 km adiante para chegar até uma ponte sobre o rio. Conferimos no mapa e entendemos que chegaríamos na divisa com o Município de Feliz com Itu.
Voltamos a questionar os vigias da empresa, quando um deles lembrou que voltando uns poucos km, era possível avistar o rio por uma estradinha que dá acesso a vários ranchos na beira do rio.
Seguimos a dica, retornamos e entramos em uma estradinha no meio do canavial, chegando até essa região dos ranchos e sítios. Não conseguimos acessar nenhum, todos com cadeados por fora, indicando que não havia ninguém, mas da estrada foi possível se avistar o rio bem perto, onde faz uma curva acentuada. A estrada tem um trecho que estava bem ruim em razão das chuvas.
Como já era final de tarde para seguir até o Município de Conchas, decidimos pernoitar no mesmo hotel da noite anterior, em Salto, que ficava apenas a 24 km de distância.
O dia não foi tão proveitoso com relação ao número de cidades, mesmo não tendo chovido, mas a distância e o círculo que realizamos foi longo, 334 km para registrar 6 municípios, contra 11 do dia anterior, e com chuva. Mas ficamos satisfeito com o progresso, visto que no domingo percorremos a região metropolitana.
Era quase 8h quando partimos no dia 21 para o Município de Conchas, a fim de registrar a prefeitura, onde chegamos às 9h30min.
Depois seguimos para fotografar a Prefeitura de Anhembi, primeiro no prédio antigo e depois no atual que fica no centro da cidade, e a margem do rio a partir da ponte, bem próxima a cidade, na estrada SP 147.
Retornamos pela SP 147 até a SP 300, rodovia Mal Rondon, para chegar a Prefeitura de Botucatu. Cidade de porte médio da região, com cerca de 150 mil habitantes, tendo grande influência na região como polo educacional universitário, prestação de serviços na área de saúde avançada, com uma economia forte e um comércio regional importante e crescente. Uma bela cidade.
Na saída da cidade paramos para abastecer as motos e fazer um lanche, quando se aproximou um motociclista para conversar. Aproveitamos para buscar informações sobre o melhor ponto para fotografar a margem do rio no Município de São Manuel, nosso próximo destino. Ele não conhecia bem, mas chamou o cunhado que estava no carro com ele, que comprava areia do Porto de Areia Santa Izabel. Nos passou as dicas de como chegar, partindo da primeira rotatória ao chegar em Igaraçu do Tietê, pela SP 251. Ofertei um adesivo a ele, e logo o motociclista veio solicitar um, pois tinha uma GS 1200 e estava planejando partir para a Argentina no final do ano, com amigos.
Fomos até a margem do rio do Município de Botucatu, a partir da ponte sobre o Rio Tietê na SP 191. Retornamos novamente até a SP 300, registramos a Prefeitura de São Manuel, e logo tomamos a direção da SP 251.
Com a boa indicação chegamos com facilidade até o portão da areeira, nos deparamos com o portão fechado a cadeado. Era possível ver o rio, mas com as construções e maquinários a frente e reflexo do Sol, as fotos não ficaram satisfatórias. Registramos mesmo assim, inclusive do cadeado. Buzinamos e apareceu um vigia, que nos informou da impossibilidade de nos franquear o acesso, até porque eram ordens e havia câmeras.
Quando retornávamos, observei que havia uma outra estrada que seguia para um canavial a esquerda. Decidi seguir a estradinha de terra arenosa, e logo do alto, se pode avistar o Rio Tietê de forma privilegiada. Repetimos as fotos.
Seguimos para fotografar a Prefeitura de Igaraçu do Tietê, e na sequencia fomos até o município de Macatuba. Antes de chegar na cidade, entramos para direita após uns 16 km, seguindo em direção ao Rio Tietê por mais uns 15 km, até uma região de ranchos a beira do rio. Havia um local que parecia ter sido construído um parque público, ou não, com construções abandonadas. Como o portão estava aberto e havia pessoas pescando no local, fomos adentrando pelo trilho de alguns carros, pela grama amassada, e chegamos próximo a margem do rio, onde realizamos o registro.
Logo seguimos a até a cidade onde finalizamos com a fotografia de prefeitura.
Retornamos a Igaraçu do Tietê para fazer a travessia para Barra Bonita, onde registramos as margens das duas cidades a partir da ponte. Mas antes disso, como a estrada ao chegar na cidade margeia o rio, entramos uns 30 m e chegamos à beira do rio, onde coloquei, literalmente, o pé no rio e efetuamos alguns cliques.
A ponte é de uma via só, com semáforo, e conta com pista para pedestre e ciclistas. O rio nessa região é largo e forte, onde propicia a navegação de barcos de turismo de médio porte, a qual é destaque para movimentar a economia da região. Finalizamos o dia registrando a Prefeitura de Barra Bonita, e fomos buscar um hotel para o pernoite, pois o final da tarde chegou por volta das 18h10min.
À noite, como era carnaval, a cidade estava muito movimentada por todo o centro e orla do rio, com vários quiosques de lanches e bebidas. Após um bom banho fomos até a orla e encontramos a melhor Loja de Conveniência de um posto Petrobras que conheci. Mais parecia um ótimo restaurante, que apenas uma Conveniência. E o atendimento excepcional, com uma variedade de cardápio, com cortes de carnes premium. Bom demais.
Antes de caminharmos um pouco na orla, aproveitamos para projetar o dia seguinte, pois tinha no roteiro trechos com estrada de terra, e o acesso ao rio seria por condomínios e ranchos.
Na manhã do dia 22, como minha corrente estava folgada demais, resolvi passar em uma oficina perto do hotel para ajustar. Estava fechada, e só abriria à tarde. Busquei pelo Google outra oficina, mas só encontrei aberta uma para camionetas. Liguei e o proprietário me disse que não faria o serviço, mas emprestaria as chaves e tal. Ficava 3 quarteirões de onde estávamos, e rapidamente chegamos ao local. Foram muito atenciosos, nos ofereceram as chaves, papelão para proteger a roupa no piso engraxado, panos de limpeza e sabão para remover graxa. Eu mesmo ajustei a corrente, com o auxílio do Brother Dipp.
Aproveitamos para buscar mais informações sobre a estrada para o condomínio Vale Verde, em Mineiros do Tietê e o Rancho do Marcilio, em Dois Córregos. As informações foram ricas em detalhes e precisão.
Rumamos para pegar a Estrada Vicinal do Baixão da Serra, que liga Barra Bonita até Santa Maria da Serra, estrada na quase totalidade cascalhada, larga e muito bem conservada. Apesar das intensas chuvas que haviam caído nos últimos dias, estava em ótimo estado e foi possível rodar com facilidade e segurança. Logo que passamos por uma placa indicativa de Mineiros do Tietê, Dois Córregos e Santa Maria da Serra, entramos à direita, já em território de Mineiros do Tietê, de terra natural e algum trecho de areia, que cortava grandes plantações de cana, por aproximadamente 4 km até a entrada do Condomínio.
Na portaria fomos identificados, anotado as placas das motos e nos foi permitido adentrar, após informarmos do nosso propósito.
Chegamos até a margem do rio, observamos muitas pessoas residentes no condomínio, caminhando na rua naquela manhã de quarta-feira de cinzas.
Após os registros, retornamos até a estrada vicinal e seguimos até nova entrada à direita, dessa vez em território de Dois Córregos. A estrada de leito natural, quase toda arenosa, com alguns trechos ruins, de mais ou menos uns 10 km. Ao chegarmos no local encontramos somente uns 3 condomínios próximos a margem do rio e muitos ranchos. Tentamos acesso a dois condomínios e não nos foi permitido entrar em razão das regras de segurança. Quando retornávamos para tentar algum rancho, observei um grande condomínio em construção, com a porteira aberta, com apenas um pedreiro trabalhando, no que parecia ser a futura portaria. Ele estava envolvido com o trabalho e eu fui adentrando nas ruas ainda de terra e com pouquíssimas casas concluídas e ocupadas, a maioria em construção.
Segui por uma rua em direção ao rio e após um trecho de declive acentuado, bem castigado pelas chuvas, com muitas valas, chegamos a margem do rio para efetuarmos o registro fotográfico.
Novamente voltamos a estrada vicinal e retornamos em direção à Barra Bonita, para entrarmos em uma estrada municipal em direção a Mineiros do Tietê. Estrada em bom estado, terra vermelha, com alguns pontos de barro, mas sem susto para as XRE. Possui um trecho com um tipo de saibro, bem compactado e estreita, que percorre uma Serrinha em meio a mata, muito bonita e agradável para pilotar.
Chegamos na cidade por volta do meio-dia, e depois dos registros da prefeitura fomos abastecer as motos e fazer um lanche em uma padaria, distante uns 40 metros.
Quando o relógio marcava 12h54min, já estávamos em frente à Prefeitura de Dois Córregos fazendo as fotos para o desafio.
Depois foi a vez de irmos até a Prefeitura do Município de Jaú e Itapuí. Na sequência registramos a margem do rio para os Municípios de Jaú e Pederneiras sobre a ponte que divide os municípios na SP 225. A seguir registramos a Prefeitura de Pederneiras, Boracéia, Bariri e Itaju, onde fizemos a travessia do Rio Tietê através da balsa para o Município de Arealva.
Como o final de tarde já se apresentava, seguimos para Iacanga, onde após o registro na prefeitura, decidimos buscar um hotel para pernoitarmos na cidade. A cidade não dispõe de boas opções, apenas o Hotel Jaraguá Iacanga, mas não havia mais disponibilidade, e acabamos encontrando um, “meia boca” em todos os sentidos, espaço, banho, cama e café da manhã. Mas era o que tinha... E quase zero opções para jantar, apenas lanches. Aí não tivemos opção, pedimos para preparar um hambúrguer especial, eu pedi com a minha receita. E ficou muito bom.
Depois de um “cômico” café da manhã, mas é o Brother Dipp que sabe dos detalhes. Seguimos para Ibitinga, e na passagem da travessia sobre a ponte do Rio Tietê na SP 321, fizemos o registro das duas margens do rio.
Por volta das 10h25min estávamos fotografando a Prefeitura de Borborema, e só depois fomos até a Prainha do Juquetá, distante uns 9 km de estrada pavimentada.
Seguimos para Novo Horizonte onde registramos a prefeitura e voltamos pela SP 304 até o entroncamento com a SP 333, e já fotografamos as duas margens do rio para Novo Horizonte e Pongai. Depois do registro na Prefeitura de Pongai fomos fazer a foto da margem do rio para Uru, percorrendo uns 17 km em uma estrada basicamente de leito natural e alguns trechos arenosa, mas sem qualquer dificuldade.
Rodando por meio das fazendas e canaviais na região, é possível testemunhar a prosperidade e a beleza que o Rio Tietê empresta aos municípios que ele toca. Belíssimas paisagens.
Retornamos pela mesma estrada e chegamos na Prefeitura de Uru por volta das 15h. De Uru partimos em direção a Pradínia, uma localidade já em território de Pirajuí, e depois seguimos por estradas entre fazendas, bem ruins, face as chuvas que caíram na região, até chegarmos na Fazenda Santa Laura.
O Capataz e outros três funcionários tentavam colocar alguns aninais no caminhão boiadeiro, os quais estavam dando um trabalho “danado”. Praticamente tiveram de arrastar com corda de laço alguns animais.
Aguardamos alguns minutos, até que pudesse nos dar atenção, e logo que informamos o motivo da nossa visita, de pronto nos foi permitido adentrar até o fundo da fazenda para chegar junto a cerca perto do rio. A cerca é necessária em razão do rebanho de bovinos e ovinos, que é considerável por toda a fazenda.
A estradinha virou uma trilha sobre a grama até chegarmos a última porteira, onde se avistava o Rio Tietê bem próximo, e que nesse ponto tem uma largura de mais de 3 km, em razão do reflexo causado pela barragem de Promissão, alguns km rio abaixo. Espetacular o visual!
Além de fazer a fotografia da margem do rio para Pirajuí, nos foi possível fazer o registro da margem do rio para Reginópolis.
Cabe destacar a sempre gentil atenção do amigo FC Gilmar Dessaune, que nos passou detalhes para os registros de Pirajuí, Reginópolis e Guaiçara, facilitando nossas incursões nessa região que nos era desconhecida, com estradinhas locais, no meio das fazendas ou grandes plantações de cana.
Aquele dia, 23/02, tentamos de todas formas “driblar” a chuva que rondava pela volta onde nos deslocávamos, e já no final da tarde, por volta das 16h30min, quando retornávamos da Fazenda Santa Laura, fomos forçados a fazer um “pit stop” no único “bolicho” que havia na esquina da estradinha com o asfalto. Caiu uma pancada forte de chuva por uns 15min e logo parou. Aproveitamos para nos hidratar e logo seguimos para Reginópolis, onde após a fotografia na prefeitura, abastecemos e rumamos para Pirajuí por volta das 17h15min. Ainda deu tempo de agendar a revisão dos 18 mil km da minha moto, na concessionária Honda da cidade de Pirajuí, onde pretendíamos pernoitar.
Nos hospedamos no Pirajuí Palace Hotel, próximo ao centro e da concessionária Honda. A chuva não deu trégua desde o início da noite, e precisamos buscar um transporte do aplicativo Uber para retornar ao hotel após o jantar.
Antes das 8h eu já estava em frente a concessionária para fazer a revisão na moto, visto que o agendamento não era com horário marcado, mas por ordem de chegada. O Dipp ficou no hotel aguardando algumas roupas que havia deixado na lavanderia do hotel.
Enquanto esperava abrir, parou um motociclista com uma NC 750 toda equipada, perguntando se eu precisava de algum apoio. Conversamos um pouco e logo abriu a oficina. A revisão não passou de duas horas, e além dos itens básicos da revisão, foi trocada as pastilhas de freio dianteira.
O relógio não atingira a marca das 11h, e já estávamos registrando a Prefeitura de Cafelândia. Quando nos preparávamos para dar partida até o Distrito de Bacuriti, ainda deu tempo de assistirmos um acidente de trânsito no entroncamento ao lado da prefeitura.
A localidade de Bacuriti é bem próxima a margem do Rio Tietê, distante aproximadamente 37 km, com asfalto relativamente novo. Da sede do distrito percorremos pouco mais de 3 km em uma estradinha péssima, que dava acesso a pequenos ranchos a margem do rio, e em razão da chuva da noite anterior, estava bem barrenta, mas com cuidado chegamos sem sustos. Feito o registro, voltamos a Cafelândia para pegarmos a SP 300 e chegar a Prefeitura de Guaiçara.
Me chamou a atenção que o Município de Cafelândia está produzindo pouco café e muita cana-de-açúcar. Seguramente decorrente do declínio o preço do café e do surgimento do programa brasileiro Proálcool, em meados dos anos 70.
Passava das 14h quando chegamos a Prefeitura de Sabino, uma cidade que nos pareceu muito simpática, talvez por ser pequena, limpa e com a arquitetura preservada.
Rumamos para a balsa para fazer a travessia do rio, para Sales. Chegamos no terminal da balsa quase às 14h30min, quando a balsa já se movimentava na margem oposta para chegar em Sabino. Descansamos um pouquino, pois os mosquitos detectaram sangue novo na área e começaram as picadas.
As 15h já estávamos navegando em direção a Sales, e em pouco mais de 30min já fazíamos o registro na margem do rio em território de Sales. Mais 15min e foi a vez de fotografar a prefeitura. Seguimos para o Município de Adolfo, onde registramos a prefeitura e a margem do rio, para então pegar novamente a SP 304 e depois a BR 153 para fotografar a Prefeitura de José Bonifácio, e posteriormente fomos pernoitar no Premier Garden Hotel.
A cidade que tem aproximadamente 40 mil habitantes, com uma boa infraestrutura para receber turistas, nos pareceu bem desenvolvida no setor terciário, e evidentemente forte no agronegócio, sendo um grande produtor da orizicultura. Por indicação da recepcionista do hotel, fomos jantar na Churrascaria do Gaúcho, no centro da cidade. Creio que foi a churrascaria com valor mais barato que para um bom rodízio, que já paguei.
Na manhã do dia 25, antes das 8h já havíamos fotografado a Prefeitura de Ubarana, e logo a seguir registramos as margens do rio para Ubarana e Promissão, sobre a ponte na BR 153.
Logo que passamos a ponte, a poucos mais de 14 km, entramos à esquerda, onde tem um abrigo para usuários de ônibus e tal, e seguimos em direção a estrada da Prainha por mais 9 km, de terra natural e trechos com areia. Ao chegarmos na Agrovila Birigui, viramos à direita e fomos até o final, distante uns 3 km, onde fizemos o registro da margem do rio para Guaiçara.
De retorno a BR 153, fomos fazer a foto na Prefeitura de Promissão, onde chegamos antes das 11h. Depois fomos para a cidade de Penápolis, mas na passada por Avanhandava não pude deixar de registrar a prefeitura. Vai saber se vamos em direção a “Segunda Conta”...
Voltamos para a rodovia SP 300 e fomos registrar a Prefeitura de Glicério. Retornamos pela mesma rodovia até o entroncamento com a SP 425 para Barbosa, onde após a foto na prefeitura, registramos as margens do rio para os Municípios de Barbosa e José Bonifácio, sobre a ponte do Rio Tietê.
Passava das 16h quando chegamos em frente à Prefeitura de Zacarias, e de lá rumamos para as coordenadas que havíamos anotado de uma fazenda que dava acesso ao rio. Chegando no local a porteira estava com cadeado e nas duas casas próximas só apareceram crianças e cachorros. Se avistava o rio um pouco de longe, para meu gosto, mesmo assim realizamos os registros no local, inclusive da porteira com cadeado.
Mas quando nós estávamos deslocando para esse local, passamos pela sede de uma fazenda, onde observei um corredor entre a sede que tinha gado no pasto e um canavial do outro lado. Falei para o Dipp que tentaria chegar mais perto do rio por aquele acesso, que não havia porteira. E assim segui minha intuição, passando pela propriedade com dois carros na frente da casa e algumas pessoas, mas não parei. Quando entrei no corredor, todo o gado que estava próximo a cerca tentou “apostar” corrida com a moto, mas logo desistiram.
Assim chegamos na beira do Rio Tietê em Zacarias, por um corredor de pouco mais de 1 km. Cabe destacar que quase a totalidade do percurso da cidade até o local, com aproximadamente 12 km, é de asfalto. Só quando chega perto das propriedades, a margem do rio, que passa a ser terra batida.
Voltamos a Zacarias e seguimos para Buritama, onde chegamos às 17h40min em frente à prefeitura, que estava em obras de reforma geral. Realizamos os registros mesmo assim no local e fomos na sede provisória da prefeitura, que está temporariamente abrigada no Centro Cultural, no centro da cidade, onde também deixamos nossa passagem registrada.
Era final de tarde, mas resolvemos passar a ponte para Brejo Alegre, onde fizemos os registros sobre a ponte sobre o Rio Tietê, na SP 461, para ambos os municípios, e fomos até a prefeitura que fica bem no início da avenida de acesso à cidade, para as fotografias de lei.
Como eu tinha anotado as coordenadas para fotografar a margem do rio para Glicério, partindo de Brejo Alegre, e apontava uma pequena distância de 4 km, falei ao Dipp que poderíamos fazer antes do escurecer. Seguimos por uma boa estrada de terra, mas à medida que nos deslocávamos, percebi observando o GPS, que a direção não estava correta.
O mesmo entendimento também teve o Dipp, que navegava com o telefone celular pelo Google. Depois de quase 5 km paramos e resolvemos retornar para tentar um hotel em Brejo Alegre. Até fomos conferir um, bastante precário, o que nos fez retornar a Buritama para pernoitar, e ficamos no Gabirá Hotel.
Depois de sair para uma boa caminhada e jantarmos uma pizza, retornamos para o hotel. Eu fiquei até quase meia-noite projetando o roteiro para dia seguinte, pois tínhamos algumas margens do rio com estradinhas e caminhos de terra para acessar as fazendas. Utilizando as ferramentas do Google Maps e o GPS, conseguimos estabelecer alguns parâmetros para chegar aos pontos a margem do rio.
Na manhã, após o café, seguimos para nova travessia da ponte para Brejo Alegre, mas decidimos inicialmente fazer a margem do rio para Birigui. Para isso seguimos até a localidade de Duas Barras, onde não existe nada, só fazendas, mas tem um acesso à direita, por estrada de terra natural, que estava bem ruim, mais em razão das chuvas. Essa estrada tem algumas bifurcações, mas o GPS e o Google Maps nos indicavam a direção que queríamos, ou seja, chegar a Fazenda Santa Maria.
Na chegada, a estrada virava um caminho e com barro. Avistamos uma casa e um galpão com maquinários, e como a porteira estava aberta, fomos adentrando, até que os cachorros ficaram alertas e apareceu duas senhoras. Damos conta dos motivos da nossa visita e uma delas muito gentil, chamou o filho, que também é funcionário da fazenda. Essa senhora sugeriu que ele nos levasse até a sede da fazenda, onde se tem uma vista privilegiada do Rio Tietê.
O rapaz muito solícito, de nome Fábio, foi até o galpão e com alguma dificuldade fez funcionar uma moto KTM, do patrão, e nos conduziu pelo caminho até a casa sede. O casal de proprietário da fazenda estava em viagem, visitando as duas filhas. Comentou que tem uma moto e gosta muito, mas ainda não consegue viajar. Ofereci um adesivo pessoal, e ele pediu outro para o patrão, que também curte as motos.
Registramos o momento com várias fotografias e vídeos, pois realmente a vista para o rio desde a casa sede, é espetacular.
Retornamos até Brejo Alegre e seguimos para registrar a margem do rio em Glicério, dessa vez com as coordenadas corretas, tanto no GPS como no telefone do Dipp. Chegamos com facilidade ao Distrito de Juritis por estrada pavimentada, e depois seguimos por mais 4 km de terra, com o último trecho pelos corredores das plantações de cana-de-açúcar, um verdadeiro labirinto.
Esse ponto é público, razão pela qual se chega com facilidade. Quando realizavamos os registros na margem do rio, uma viatura da Polícia Militar chegou no local, onde havia algumas pessoas e uns 4 veículos estacionados no local. Desse ponto também é um dos lugares mais pertos da margem do rio para Penápolis, e realizamos o registro.
Seguimos para registrar as Prefeituras de Birigui, Araçatuba e Santo Antônio do Aracanguá, e ao cruzarmos a ponte sobre o rio na SP 463, fotografamos as margens do rio para os dois últimos municípios.
Pouco antes das 15h fotografamos a Prefeitura de Sud Mennucci e logo a seguir a margem do rio. Às 15h50min passamos pela cidade de Pereira Barreto para registrar a prefeitura, seguindo então pela SP 262 até Andradina, com “pit stop” para fotografar a margem do rio sobre a ponte, para Pereira Barreto. Cabe referir, que nesse ponto as duas margens pertencem ao mesmo município de Pereira Barreto.
Após o registro da Prefeitura de Andradina, por volta das 17h, buscamos nos aplicativos o Oeste Plaza Hotel, ao lado do Shopping, localizado em uma das saídas da cidade.
Na manhã do dia 27/02, tínhamos a pretensão de concluir o Desafio Nascente FC, e por volta das 8h já estávamos registrando a margem do rio para Andradina e também para Ilha Solteira, sobre a ponte da SP 563 que passa sobre o Rio Tietê. Cabe ressaltar que o rio divide os Municípios de Andradina e Pereira Barreto nesse ponto, mas muito próximo da divisa com Ilha Solteira, em torno de 400 m, possuindo apenas uma faixa de aproximadamente 3 km de margem com o Rio Tietê.
Após os registros sobre a ponte, rodamos uns 4 km e entramos na segunda pequena rotatória, à esquerda que nos conduziu para uma estrada vicinal pavimentada, em direção a localidade de Entre Rios, já no Município de Itapura.
Minha ideia era tentar encontrar um ponto que permitisse acesso à margem do rio por terra, para Ilha solteira. Como a faixa territorial na margem do rio como referi, é de apenas uns 3 km, e da margem do rio até essa estrada vicinal também é de aproximadamente uns 3 km, formando quase um quadrado, em torno de 900 hectare. Isso muito provável, seja de um dono só, pois encontrei nesse trecho da estrada apenas uma entrada para uma fazenda, que estava com cadeado na porteira.
Logo após, mais uns 3 km, tem outra entrada para uma plantação de cana. Era um corredor de terra natural com misto de areia. Entrei para ver onde me levaria, enquanto o Dipp permaneceu na estrada pavimentada. Rodei pouco mais de 2 km e o corredor pendeu para a direita. Parei e com o telefone celular consegui marcar o ponto e constatar que eu já estava em território do Município de Itapura. Aí foi retornar e seguir para Ilha Solteira via SP 595.
Confesso que cheguei a cidade sem muita expectativa, imaginando ser mais uma pequena cidade do interior. Logo que entramos na cidade já percebi que eu estava enganado, pois ela se mostrava muito organizada, dinâmica, com ótimas avenidas, comércio pujante e prestação de serviços forte, limpa, com trânsito e sinalização posta de forma ordenada, enfim, uma bela cidade.
Fui até uma farmácia para comprar um medicamento, entrei sem retirar o capacete, e logo um senhor me atendeu. Passamos a conversar, ele também motociclista, acabou indo ver nossas motos na rua, quando comentou que estava vindo para SC, para conhecer a região da Serra, Urubici, Serra do Rio do Rastro e Corvo Branco. Na verdade, a cidade me conquistou pelo conjunto.
Realizamos a fotografia da prefeitura e retornamos pela mesma rodovia SP 595 até o acesso a Itapura, onde chegamos antes das 11h para fazer o devido registro. Passados 15min já estávamos sobre a ponte do Rio Tietê na SP 595, divisa entre os Municípios de Itapura e Castilho. Feito as fotografias correspondentes as margens para cada cidade, seguimos para concluir o desafio em frente à Prefeitura de Castilho. Ou poderia dizer, era fotografar a prefeitura e correr para o abraço. Hehehe
Nesse deslocamento para a última foto, muitos pensamentos vêm e vão em nossa mente na solidão do capacete. Momentos passados, presentes e imaginação do futuro, turbinam nosso pensar, por certo, pela euforia e excitação de um final feliz que se avizinha, mas também pela descarga de adrenalina que acelera nosso ritmo cardíaco.
É uma etapa de certo modo perigosa para a pilotagem, e sabemos que não nos é permitido perder o foco, mas sim, é excessivamente importante manter nosso “radar” com todos os sentidos em alerta nessas situações. Eu, particularmente, tenho o hábito de elevar meu pensamento ao Altíssimo para agradecer esses momentos de felicidade, que tanto nos faz bem à alma e ao corpo físico.
O Paço Municipal como é chamado, fica de fronte a praça principal da cidade, ao lado da Igreja Matriz da Paróquia São José, onde só tem acesso pedestre. Quando chegamos no local, havia uma viatura da PM com dois policiais, nos dirigimos a eles solicitando para adentrar na praça com as motos para fotografar a prefeitura, e de pronto nos autorizou. Isso quando o relógio marcava 11h50min. Aí foi só alegria!
Posicionamos as motos bem em frente à prefeitura e não nos apressamos para fazer vários registros, inclusive da Igreja e de vários pontos interessantes da praça. Foi um momento de congratulações entre nós, pois além do êxito da missão que assumimos de realizar esse desafio, tudo, em todos os momentos, transcorreu em perfeita harmonia, como uma grande sinfonia que não escorrega ou atropelas as notas. A tolerância de forma voluntaria e natural foi exercitada na medida da régua de 24 polegadas, a cada dia, dia após dia de convivência, com o equilíbrio do verdadeiro iniciado, escolhido e acolhido como Brother.
Chegado o momento do retorno para casa, após um lanche e hidratação, pegamos a ótima rodovia SP 300 até o entroncamento com a BR 153, quando seguimos por essa, para chegar na boca da noite na cidade de Ourinhos, onde após abastecermos as valentes motocas, fomos nos hospedar no Hotel Íbis. O Brother Dipp, só para não perder o costume, antes mesmo de efetuar o check-in, já lavou o peritônio com uma cerveja das verdinhas. Isso tudo enquanto eu estacionava a minha moto. Imaginem o desespero da Brother...
A noite jantamos no hotel e foi o momento de relaxar e, relembrar as boas e inesquecíveis passagens da viagem, desde o princípio até o final. E foram tantas...
Cortar o Estado de SP de Leste a Oeste, seguindo e perseguindo as margens do Rio Tietê foi fantástico e nos permitiu conhecer um pouco, especialmente, das entranhas do interior do estado, seus hábitos, costumes, as diferenças entre microrregiões, a diversidade de riquezas, as pessoas com a simplicidade, humildade, generosidade, amabilidade e competência, que se mostravam a cada momento de contato.
Uma experiência enriquecedora que, por certo, tornará nossos passos mais firmes e vigorosos nessa caminhada. Recebemos como um presente por acreditarmos em nossos sonhos.
No dia seguinte, 28/02, ainda rodamos juntos até o entroncamento da BR 373 com BR 376, pouco antes de Ponta Grossa, onde definitivamente nos despedimos dessa trip. Eu segui para Itajaí via Curitiba, e o Dipp para Soledade, via BR 153.
Agradeço a todos que, de alguma forma, nos emprestaram alguma informação útil para que pudéssemos montar nas motos, dar a partida, e percorrer as rutas que nos levou, da nascente a foz, do digno e majestoso Rio Tietê.
Foi um desafio intrigante pelo seu ineditismo, e isso é tudo que uma alma inquieta precisa para estar nas rutas sobre duas rodas.
Agradeço fraternalmente ao estimado e querido Brother Rui Dipp, pela companhia e parceria.
Bora para as rutas FC!!! "qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem..."

A todos um até breve, até breve...
Por Renato Lopes.
Obs. “Foram rodados 6.340 km, em 17 dias, 70 cidades e 70 margens do rio”.

Mensagem do nosso moderador e amigo Gilmar Dessaune, por ocasião da homologação do desafio.

“Bom dia, agora, Nascente Fazedor de Chuva Renato Lopes e Rui Dipp.
Este momento certamente sempre me faz viajar no tempo e reviver todas as emoções de há quase 10 anos atrás. Uma dádiva.
Como sempre, um desafio postado com todo cuidado, carinho, dedicação e competência que já são marcas registradas de suas aventuras sobre duas rodas com motor, agora devidamente acompanhado do amigo Rui Dipp. Parabéns!!!
Postagens claras e ricas nos fazem "sentir" cada momento e poder projetar as emoções vividas a cada clique. Espetacular!!!
Não bastasse a insanidade de fazer o desafio, ainda carregou mais um para as estradas compartilhando esses momentos ímpares de um desafio sem igual e puderam desfrutar de todos os momentos dessa incrível jornada.
Destaque especial que realizaram o desafio no estado de São Paulo mesmo um morando em Santa Catarina e o outro no Rio Grande do Sul, um algo a mais de charme e determinação de ambos para encarar a dura jornada.
O Nascente FC é um dos desafios com um dos maiores índices de desistência, isso faz prova do quão difícil é realizar o que "qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem...".
Agora conhecem toda a vida deste rio único e exuberante, apesar do fator "humano" que teima em maltratá-lo.
O Renato dá um polimento todo especial em seu nome e o Rui Dipp insere de forma definitiva o seu nome na Elite do Motociclismo Mundial, esse grupo de Adoráveis Insanos que viajam mundo afora em busca de aventuras sobre duas rodas com motor enfrentando todas as condições e situações possíveis.
Reforçam sua competência, dedicação, resiliência, ousadia, foco, determinação, altruísmo, cumplicidade e uma dose imensa de insanidade que certamente flui pelos seus poros contagiando a quem se aproximar.
Mais uma magnífica jornada concluída com sucesso em dupla e isso só nos dá felicidade e a possiblidade de admirar seus feitos.
Assim, só nos resta colocar as fotos que eternizarão esse momento da homologação e a escolhidas mostra duas fontes de luz e energia: o Sol e Você, Renato e uma imensidão de água com Você Rui.
E sob o nome do Renato mais um selo alusivo à nova conquista e sob o nome do Rui o primeiro selo alusivo à sua conquista.
Podem comemorar, essa vitória é vocês e jamais lhes será tirada.
Muito obrigado por compartilharem conosco suas aventuras.
Que venham muitas outras, pois tem tudo para seguir realizando grandes feitos.
Mais uma vez PA-RA-BÉNS!!!!
Abração e bon voyage!!!

Controle: Homologação nº 039/2023”











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Renato Lopes Motoviagem & Aventura

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